Nuno Crato

Nuno Crato é professor catedrático de matemática e estatística na Universidade de Lisboa. Ensinou em Lisboa, Açores e Estados Unidos. Cientista visitante no centro de investigação europeu, JRC, em Itália, em análise estatística de impacto de medidas políticas, o seu trabalho de investigação tem incidido em séries temporais com aplicações financeiras, biológicas e computacionais. Dirige atualmente a Iniciativa Educação, um programa Teresa e Alexandre Soares dos Santos dirigido à Educação Básica e Secundária. Foi presidente do International Symposium on Forecasting (2000), coordenador e presidente do centro de investigação Cemapre (2006-2010), presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (2004-2010) e Presidente (CEO) do Taguspark, Parque de Ciência e Tecnologia (2010-2011). Entre 2011 e 2015 foi Ministro da Educação e Ciência de Portugal. Marcou o seu mandato com o alargamento da escolaridade obrigatória de 9 para 12 anos, maior exigência curricular e o alargamento da avaliação de alunos. Introduziu o Inglês obrigatório e vias vocacionais. Durante esse período, o abandono escolar reduziu-se de c. 25% para 13,7%, as retenções diminuíram e Portugal obteve os melhores resultados de sempre nas comparações internacionais: acima da média da OCDE em ciências, literária e matemática no PISA e acima da Finlândia em Matemática no 4.º ano no TIMSS. Publicou alguns trabalhos com reflexões sobre a sua experiência, nomeadamente “Everything starts with the curriculum”, ResearchED 4, Fevereiro 2019; “Curriculum and education reforms in Portugal: An analysis on why and how students’ knowledge and skills improved“, in F. Reimers (Ed.) Audacious Education Purposes, Springer 2019, e “Carta para um ministro novo: algumas coisas que eu gostaria de saber quando iniciei o mandato” in Cartas para um Novo Ministro de Educação, 2019. Prolífico divulgador científico e interventor em educação, alguns dos seus livros estão publicados em várias línguas e países, incluindo o Reino Unido, a Itália e o Brasil. Pelos seus trabalhos, recebeu prémios da Sociedade Europeia de Matemática e da Comissão Europeia. Foi agraciado como Comendador e Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.