O impacto das alterações climáticas nas doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais responsáveis pela morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Embora os avanços da Medicina tenham aumentado significativamente o sucesso das estratégias terapêuticas, as DCV continuam a ser responsáveis pela morte de 30 mil portugueses anualmente. Segundo dados da World Heart Federation, 80% destas mortes podem ser prevenidas com um diagnóstico e tratamento mais precoce ou pela adoção de estilos de vida saudáveis. Muitos dos fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de DCV podem ser modificados, incluindo o colesterol elevado, hipertensão arterial, excesso de peso, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Para além dos fatores clássicos, as alterações climáticas, nomeadamente a subida das temperaturas médias sazonais e a frequência e intensidade de ondas de calor, contribuem significativamente para o aumento das mortes por DCV. Estudos científicos comprovaram que a subida de 1ºC na temperatura máxima se associa a um aumento de 4% na mortalidade por DCV. Com a presente atividade, pretendemos alertar e sensibilizar o público para o impacto de diferentes fatores de risco no sistema cardiovascular, com recurso a modelos anatómicos interativos, construídos com materiais reciclados e reutilizados. Os visitantes poderão participar em atividades hands-on e quizzes interativos para ilustrar, p.e, o efeito do colesterol elevado e da subida da temperatura no ritmo cardíaco e coagulação sanguínea. Coordenadora da Atividade: Tânia Marques